Rincon Sapiência lança música “Jogo de Cintura” destrinchando experiências em periferia de São Paulo

Escrito por Rodrigo Costa 01/03/2024 às 08:58

Foto: Divulgação
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Novo single de Rincon Sapiência conta com sonoridade do funk.

Apresentando a sua perspectiva sobre ser um negro que vive o cotidiano periférico, Rincon Sapiência lança a música “Jogo de Cintura“, que ressalta a complexidade de existir numa socidade em que as realidades são múltiplas e que os padrões de vida e sucesso são ditados geralmente através da sobreposição de uma raça, classe e cultura sobre a outra.

Já conhecido por misturar o rap outros gêneros musicais em suas produções, o rapper, novamente, traz as batidas do funk para este primeiro projeto do ano. O videoclipe mostra parte da história de um casal periférico que vive entre o flerte e as responsabilidades cotidianas.

A mensagem é propor para a gente contradizer algumas estatísticas e aquilo que a gente foi condicionado. Quando a gente vive nesse ambiente periférico, a gente é condicionado a seguir algumas diretrizes. E quando você tem essa virada de chave, entende que pode ter sim uma vida honesta e digna na própria periferia”, conta o artista.

Fotos: Divulgação

“Vivenciar lá, viver lá, consumindo, comprando, se divertindo. Também expandir os horizontes, mesmo residindo em ambiente periférico”, completa ele. Dirigido pelo próprio Rincon, o audiovisual ressalta a perspectiva do seu olhar sobre o ambiente periférico, que, apesar de ser um espaço de encontros, festejos e flertes, é também um ambiente de luta.

Quis mostrar uma vida periférica divertida, porém sem alegorias”, destaca o rapper. “A gente sempre trabalha com diferentes diretores, todos muito competentes, que colocam no audiovisual a minha obra musical num patamar muito legal”, acrescenta Rincon Sapiência.

“Mas quando a gente consegue contar a nossa própria história a partir do nosso olhar, a gente acaba conseguindo explorar outras linguagens. No caso do videoclipe, tem uma inspiração totalmente no cinema. A textura lembra o cinema e a narrativa em nenhum momento tem eu cantando ou algum tipo de performance musical”, explica ele.

“A atmosfera é sobre o meu olhar, os ambientes que circulo, as coisas que se fazem no dia a dia. Então, trazer o meu olhar deu mais fidelidade para a música e o contexto que eu fiz a composição dela”, conclui.

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