A décima terceira edição do Estética das Periferias terá 80 atrações gratuitas em celebração ao hip-hop.

Entre os dias 22 e 27 de agosto, será realizada a décima terceira edição do Encontro Estéticas das Periferias – Arte e Cultura, em São Paulo, através de uma ação realizada pela Ação Educativa em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Neste ano, o tema será a comemoração dos cinquenta anos de fundação do hip-hop, além dos quarenta anos de sua chegada ao Brasil.

Movimento criado nas periferias de grandes centros urbanos, o hip-hop representa e empodera a população marginalizada das cidades, devido ao conjunto de suas ideias, palavras, música, dança, grafismos, identidades e atitudes. O projeto conta com uma curadoria coletiva, composta por mais de cinquenta grupos artísticos das periferias da cidade paulista.

A programação será realizada de forma descentralizada e participativa em vinte e cinco territórios periféricos de São Paulo, apresentando cerca de oitenta atividades gratuitas, tendo o movimento como protagonista da programação e outras diversas intervenções artísticas ligadas ao mesmo. A expectativa é que sejam recebidas aproximadamente quinze mil espectadores, mobilizando três mil artistas ao decorrer do evento.

Haverão shows de nomes como Nelson Triunfo – um dos principais responsáveis a trazer o hip-hop para o Brasil – MC Soffia, Dexter, Linn da Quebrada, Thaide, Brisa Flow – a primeira artista indígena a se apresentar no Lollapalooza – Sharylaine, Back Spin, Discípulos do Ritmo, Festa Amem e Rincon Sapiência; entre outros artistas.

Entre os diversos atrativos do evento, terá um período para celebrar as mulheres do movimento, destaque para artistas do movimento LGBTQIAP+, arte indígena no rap, slammers, vídeos contando toda a história do movimento no Brasil e no mundo, entre outros destaques. O espetáculo tem direção artística do curador Eugênio Lima, grande conhecedor e ativista deste movimento.

Outra grande novidade será a presença da escritora e acadêmica Heloisa Teixeira, ex-Heloisa Buarque de Hollanda, “madrinha do evento”, que tem em sua trajetória de sessenta anos de carreira uma especial quantidade de pesquisa dedicada à população marginalizada.