Grammy Latino contou com a indicação de 12 artistas brasileiros para a premiação.
A Academia Latina de Artes e Ciências da Gravação anunciou na última terça-feira (19) os nomeados ao Grammy Latino, premiação da indústria musical da América Latina e de artistas de língua espanhola e portuguesa. O evento será realizado no próximo dia 16 de novembro, pela primeira vez na Espanha, na cidade de Sevilha.
Entre 56 categorias, o Brasil concorre com pelo menos um representante em 12, a grande maioria específica para produções em língua portuguesa. Entre alguns nomes do rap, está o grupo carioca Planet Hemp, indicados a duas categorias cada: Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa e Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa com a música “DISTOPIA”, que tem participação de Criolo e foi lançada como single antes do álbum.
Já o rapper brasileiro Kayode foi indicado com o videoclipe de “Podcast/Pedra da Memória” na categoria de Melhor Vídeo Musical Versão Curta. Enquanto na categoria de Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa, encontra-se Filipe Ret e Caio Luccas com a música ‘Good Vibe‘, com produção musical de Dallas e integrante do álbum ‘LUME‘, lançado em 2022.
Apesar da ascensão do rap, o funk seguiu ausente das indicações, o que foi alvo de crítica por parte do presidente da GR6, Rodrigo Oliveira. O empresário lembrou que evento agora possui categorias destinadas à música urbana e, mesmo assim, o gênero periférico não foi indicado ao principal prêmio da música da América Latina.
“Nem com centenas de milhões de streams, discos de platina, discos de diamante inúmeros top1 Brasil, artistas com o maior numero de ouvintes mensais do país, o Funk conseguiu uma Indicação ao Grammy Latino para a categoria de interpretação urbana em língua portuguesa. Percebo aqui um caminho longo e tortuoso para conseguirmos a inclusão do funk mesmo na Música Urbana que seria, em tese, seu habitat natural, o ritmo musical mais representativo da periferia brasileira, incontestavelmente”, defendeu Rodrigo GR6.
O empresário criticou que a ausência do funk deu lugar aos artistas de pop. “Em vez disso, vemos uma predileção forte ainda pelo Pop, ou no máximo por um “urban gourmet” (sic), inserido por alguma razão desconhecida em uma categoria que, no nosso humilde ponto de vista, parece estranho estar. Seguimos na nossa luta diária, na quebra de paradigmas, na criatividade do gueto, na força de vontade e na garra e luta diária por um lugar ao sol. Conquistamos o guarda sol, o protetor solar, o calção de banho, a agua de coco, quem sabe no próximo ano o lugar ao sol”, finalizou.
Veja a publicação dele no Instagram:
Ver essa foto no Instagram