Suspeito de assassinar Tupac fará 1ª aparição no tribunal após prisão

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Duane “Keffe D” Davis, 60 anos,  considerado o principal suspeito no assassinato do icônico rapper Tupac Shakur, foi preso e deve comparecer a um tribunal de Nevada amanhã.

Os eventos da noite fatídica de 7 de setembro de 1996 ainda ecoam no mundo do hip-hop. Shakur, após um confronto no hotel-cassino MGM Grand, foi baleado e morto em um carro dirigido pelo magnata da música, Suge Knight. O assassinato nunca foi resolvido e tornou-se um dos maiores mistérios da indústria musical.

Davis foi detido perto de sua residência em Henderson, Nevada, e, horas após sua prisão, uma acusação foi apresentada no Tribunal Distrital do Condado de Clark. A acusação alega que Davis foi instrumental na morte de Shakur. Além das acusações de assassinato, Davis enfrenta outras por uso de arma mortal e suposta atividade de gangue. Se condenado, a combinação dessas acusações pode significar uma sentença de prisão extremamente longa. A polícia chegou até nele após ele próprio revelar ligação com o crime em diversas entrevistas.

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As confissões de Davis em entrevistas anteriores, juntamente com seu livro de memórias de 2019, “Compton Street Legend”, parecem ter reacendido o interesse das autoridades no caso. Os promotores acreditam que a morte de Shakur foi o resultado de uma intensa rivalidade entre gangues da Costa Leste e Costa Oeste, centrada no gênero “gangsta rap”. Essa disputa infame colocou membros da gangue Bloods, associados a Suge Knight, contra membros da gangue Crips, que Davis alega ter liderado.

Após o confronto no MGM Grand, Shakur estava em um BMW dirigido por Knight quando foram emboscados por atiradores em um Cadillac branco. Shakur foi baleado várias vezes e faleceu uma semana depois. Segundo Davis, ele estava no Cadillac e entregou a arma que disparou os tiros mortais. Atualmente, das quatro pessoas que estavam no Cadillac, apenas Davis permanece vivo. Todos os outros encontraram destinos violentos em diferentes circunstâncias.

A comunidade hip-hop está em choque com essa prisão tardia. Jada Pinkett Smith, próxima a Shakur, expressou esperança de que essa prisão traga algumas respostas. A irmã de Shakur, Sekyiwa “Set” Shakur, descreveu a prisão como um “momento crucial”, mas criticou a aparente falta de ação das autoridades nos últimos 27 anos.

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