Akon recebeu milhões de dólares vendendo músicas como “Smack That” e “I Wanna Love You” como ringtones.

O cantor Akon pode não ser considerado um dos melhores artistas ou letristas do Hip Hop, mas não há como negar sua perspicácia nos negócios. Durante sua recente aparição no programa “Drink Champs”, o hitmaker e autor de “Locked Up” se abriu sobre sua lucrativa onda de rap em meados dos anos 2000, detalhando como ele foi capaz de ficar à frente da curva, ser mais esperto que sua gravadora e garantir seu futuro financeiro no processo.

“O que me fez um pouco diferente foi que eu era um homem de negócios primeiro”, disse ele. “Estou olhando quantos singles estamos vendendo, mas também os toques de celular. Onde quer que eu fosse, eu ouvia músicas nos telefones das pessoas!”, lembrou ele. Antigamente, os donos de aparelhos celular compravam os chamados ringtones para tocarem quando recebiam ligações.

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“E eu perguntei: ‘Ei, quanto você está pagando por isso?’. Eles disseram, ‘US$ 4,99’. Eu disse: ‘Droga! Isso é por alguns segundos? E estamos vendendo singles por US$ 1,99 por quatro minutos?!’”, questionou ele, ao notar que o negócio focado em toques de celular era lucrativo para sua carreira.

Akon então explicou que astutamente ligou para seu advogado e perguntou quanto dinheiro ele estava ganhando com os “ringtones”. Mas quando seu advogado o informou que o termo “ringtone” não constava de seu contrato, ele elaborou um plano para garantir que teria direito a um grande pagamento quando chegasse a hora de renegociar seu acordo.

Como músicas como “Smack That”, “Lonely” e “I Wanna Love You” ganharam milhões de vendas por meio de toques.  “Então comecei a fazer música especificamente para o telefone”, continuou ele. “Porque custa US$ 4,99 por alguns segundos! Qualquer empresário básico lhe dirá que é onde está o dinheiro! Portanto, todas as músicas que estávamos lançando eram muito adequadas para toques, especialmente ‘Mr. Lonely’.”

Akon afirmou que sua gravadora tentou enganá-lo colocando o termo “digital” em seu contrato, garantindo assim seus direitos digitais. Mas o fundador da Konvict Muzik estava atento. “Quando lançávamos os discos, sempre fazíamos versões de toques – diferentes partes da música que iríamos cortar. Esse era meu foco principal; Eu não me importava com os singles. Cada disco que produzi, certifiquei-me de que fosse compatível com o toque. Eles tentaram inserir aquela linguagem digital no contrato, mas eu não cai na deles, mostrando que era um acordo totalmente separado.”