Com diversos comentários maldosos sobre o futebol feminino, a estreia da Copa do Mundo Feminina na CazéTV teve seu chat desativado.

Na última quinta-feira (20), a abertura da Copa do Mundo Feminina 2023 foi marcada por estádios lotados e pelas vitórias das anfitriãs Austrália e Nova Zelândia. Infelizmente, durante a transmissão da CazéTV, canal do streamer Casimiro Miguel, ocorreu uma série de ataques e comentários machistas, o que levou ao desligamento do chat. Tanto na plataforma Twitch quanto no YouTube, as mensagens foram desativadas devido aos comentários preconceituosos.

Esse episódio lamentável ocorreu durante a partida entre Nova Zelândia e Noruega, no primeiro tempo do jogo, quando os espectadores faziam zombarias das atletas, questionavam a qualidade do desempenho das seleções e acusavam o influenciador de ter se rendido a “lacração”. Posteriormente, na etapa final, os comentários no chat do YouTube foram desativados.

Infelizmente, essa não é a primeira vez que o machismo se manifesta contra o futebol feminino nas redes sociais brasileiras. Recentemente, o influenciador Fred Bruno, do canal Desimpedidos, gravou um vídeo questionando a razão pela qual seus seguidores demonstram tanta raiva em relação à modalidade feminina.

Durante a transmissão da CazéTV, cerca de 35 mil espectadores assistiram simultaneamente durante a madrugada da quinta-feira, acompanhando a surpreendente vitória da Nova Zelândia, com Casimiro e o narrador Luís Felipe Freitas, juntamente com as comentaristas Ju Cabral e Belle Suarez.

Em resposta a esses ataques, a plataforma pertencente a Casimiro Miguel emitiu uma nota repudiando veementemente as atitudes e destacando os próximos passos para as futuras transmissões.

“O chat da CazéTV no YouTube foi desativado durante a transmissão de Nova Zelândia x Noruega porque percebemos que algumas pessoas estavam aproveitando a oportunidade de visibilidade para destilar preconceitos inaceitáveis dentro dos valores da CazéTV e de qualquer sociedade. Nos próximos jogos teremos ainda mais moderadores preparados para permitirem que as pessoas que curtem o canal se manifestem livremente e que discursos discriminatórios sejam banidos, como deve acontecer com qualquer espécie de preconceito”