DK 47 teve uma realização de mais de R$ 20 mil em gastos interrompida pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
No final da manhã e início da tarde desta terça-feira (12), DK 47 esteve em Teresópolis, município em que reside, na tentativa da gravação de um videoclipe de um novo projeto seu, nomeado ‘Senhor das Armas‘, que será lançado ainda neste mês de setembro em colaboração com a Pineapple, mas que foi interrompido por 4 viaturas da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Através de uma transmissão ao vivo iniciada no perfil do rapper carioca no Instagram, é possível notar a presença de policiais em conversa com o artista e outros membros da equipe de produção, que ficaram altamente insatisfeitos com a intervenção devido a cápsulas que estavam sendo utilizadas no cenário, que, inclusive, possuíam documentação.
“Tamo aqui, ó, fazendo o clipe de ‘Senhor das Armas’, mais um clipe aí pra sair no canal da Pineapple, trabalho grande. A polícia tá dizendo que mesmo a gente documentado, a gente não pode estar com essas cápsulas. Mesmo com a gente com a Lei Municipal ao nosso favor, sem nenhuma via pública, a gente não pode continuar gravando o clipe, a gente não pode fazer arte em Teresópolis”, iniciou DK 47.
“A gente não pode fazer arte! Se eu não posso fazer arte, o que eu posso fazer em Teresópolis? Já não tem lazer pra molecada, aí tem um artista da cidade, que aparece no cenário nacional pra fazer um trabalho maneiro dentro da cidade que a gente faz o Favela Vive e a gente não pode fazer porque a polícia tá dizendo que a gente não tem lei que abranja isso”, acrescentou ele.
“Lei 3097 [diz] que a gente pode praticar a arte. Aí a gente tá com todas as armas documentadas, se quer levar pra lá, parece que o que? Só quer atrasar o clipe e me boicotar. Um artista local, com mais de 600 mil seguidores, mais seguidores do que tem [de habitante] na cidade e eles querem me boicotar aqui, porque se vai levar as armas documentadas, sem nenhum motivo, é o que?”, questionou o artista.
“Isso aqui é arte, isso aqui não é boca de fumo… Vê se pode. Tá difícil ser artista em Teresópolis, mais fácil ser bandido, porque um monte de boca de fumo aí, não tem nenhuma polícia lá agora, mas aqui, nós fazendo arte e filmando, tem polícia aqui querendo parar”, completou um dos fundadores do projeto Favela Vive, afirmando ainda ser “inacreditável” após uma outra conversa com os policiais, que resultou na coleta das cápsulas em caixas por membros da produção, para que as autoridades encaminhassem para a delegacia.
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