Psirico expôs os acontecimentos de seu encontro tido com Kanye West.
Na última sexta-feira (7), Psirico participou do Podpah e comentou sobre a forma em que os americanos agem em relação ao mundo e a sociedade, contando também a respeito do jeito ultrapassado que os rappers enxergam preconceituosamente os pagodeiros e baianos. Questionado por Igão, um dos apresentadores do podcast, do motivo por qual disse ter sofrido isso na pele, o artista revelou o encontro que teve com Kanye West na casa de Caetano Veloso.
“Sempre vou lá pra ver os amigos, fazer música, ver Caetano, que dou minha vida por ele. Quando me chama, vou lá. Dessa vez o Kanye West tava lá, junto com Mano Brown, Emicida, Mr. Catra, Jorge Ben Jor… Na casa do Caetano lá, estava todo mundo, senti que o Kanye West tava marrentão. Pode ser o estilo dele, não sei, e aí fiquei com essa raiva dentro de mim. Jorge Ben estava lá, eu tava me tremendo mais com ele do que com Kanye West, porque conheço a história de Jorge Ben e tal. E aí ele amarradão, Paulinha pediu pra eu tocar um instrumento pra ver se ele dava uma animada. Tinha um cajón, peguei e comecei a tocar, acho que foi o dia que mais toquei na minha vida”, inicia Psirico.
Segundo o artista brasileiro, o rapper e produtor americano, que recentemente teve informações divulgadas de que teria tido uma redução de 80% de sua fortuna, colocou algumas músicas suas para tocar e o chamou para um canto para mostrar alguns instrumentais com diversos elementos da cultura musical brasileira, quando então foram seguidos por Catra e o Ye barrou, dizendo que queria apenas o Márcio Vitor.
“Eu com uma raiva, tentando fazer ele dar uma risada, levantar, ser gente boa, comer um feijão, chupar um osso… marra do caralho. E aí depois ele me chamou pra gravar percussão com ele, aceitei, tinha acabado de lançar ‘Lepo Lepo’. Faustão me chamou pra gravar no mesmo dia que ele, fui pro estúdio, fiquei uma, duas, três horas… não chegou, tinha remarcado o voo dele pra sair, fui pro Faustão e não gravei com Kanye West. Sei que tem uma importância muito foda na música dele, mas não era algo que eu via como foda, e depois que tive acesso, acho que teve uma época dele que tinha umas coisas interessantes”, completa o pagodeiro baiano.
Assim que entrou nas redes sociais para checar a repercussão, Psirico disse que se surpreendeu com a quantidade de comentários o diminuindo por não ter gravado com o rapper de Atlanta, que havia perdido a maior oportunidade de vida e que a partir dali ficaria no anonimato. Além disso, contou que uma galera duvidou da situação e ironizou dizendo que era “o Naldo da época”.
Confira a fala na íntegra: