Emicida afirma que o Brasil nunca foi um país e sim “uma máquina de moer pobre”.
No final da noite do último domingo (6), durante uma operação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro na Cidade de Deus, na Zona Oeste, um adolescente de 13 anos de idade, identificado como Thiago Menezes Flausino, morreu baleado. Através de vídeos publicados na internet, moradores presentes no ocorrido afirmam que os agentes envolvidos alteraram a cena do crime.
Gerando uma grande repercussão nas redes sociais, o caso chegou a ser comentado até mesmo por Emicida, que fez um forte desabafo em seu perfil no Twitter. “Como se não bastasse o estado brasileiro assassinar uma criança de 13 anos, a sociedade brasileira obriga uma mãe que está atravessando a maior dor que uma mãe pode enfrentar, a interromper seu luto para defender a honra do filho”, iniciou ele.

Na sequência, o rapper, que recentemente detonou Arthur do Val após político criticar o cachê do artista na Virada Cultural, apontou que o Brasil está longe de ser um país. “Dizer em vão, para uma horda de carniceiros, sensacionalistas e todo tipo de desgraçado, que a realidade pode produzir, que seu filho era inocente”, completou.
“Não basta matar uma vez, tem que humilhar covardemente os que sobrevivem. Se alimentar de suas lágrimas até que não sobre absolutamente nada além do vazio. Não é um país, nunca esteve no plano ser um país, é uma máquina de moer pobre”, finalizou o MC e empresário fundador da produtora Laboratório Fantasma sobre o assassinato em que os policiais, inclusive, não utilizavam câmeras em suas fardas.
Confira o relato completo no post abaixo:
Como se não bastasse o estado brasileiro assassinar uma criança de 13 anos.
A sociedade brasileira, obriga uma mãe que está atravessando a maior dor que uma mãe pode enfrentar, a interromper seu luto para defender a honra do filho.
Dizer em vão, para uma horda de carniceiros,…— emicida (@emicida) August 8, 2023