Ice Cube critica demora de quase 30 anos para polícia solucionar o assassinato de Tupac.

O icônico rapper Ice Cube compartilhou seus pensamentos sobre o renascimento da investigação de assassinato de Tupac, que está aberta há mais de 25 anos. Durante uma recente entrevista com o jornalista Chris Cuomo, o ex-rapper do grupo N.W.A. falou sobre como se sentiu desapontado porque as autoridades ainda não prenderam os responsáveis pela morte de Pac.

A investigação de assassinato de Tupac inesperadamente voltou à vida este mês, e as balas que foram recentemente encontradas na casa de Duane “Keefe D” Davis serão testadas por especialistas forenses para determinar se estão ligadas à morte do ícone do rap. De acordo com o Daily Mirror, a polícia de Las Vegas recuperou várias balas calibre .40 enquanto executava um mandado de busca na residência pertencente à esposa de Keefe D, Paula Clemons, na semana passada.

Foto: Felipe Mascari/Hip Hop DX Brasil

“Parece que estão 30 anos atrasados”, disse ele sobre as pesquisas recentes relacionadas à morte da lenda. “Mas tenho certeza de que não ouvimos toda a verdade sobre a morte de Tupac e o que aconteceu com ele naquela noite em Las Vegas.”

Ele também aponta que houve muita lentidão para encontrar os responsáveis, diferente de quanto outras lendas da música foram assassinadas. “Para a morte dele, sabe, um tanto tempo sem solução, assim como a de Biggie, é uma pena”, acrescentou Cube. “Quando John Lennon foi baleado, eles encontraram aquele cara muito rápido.”

Um ex-membro do South Side Compton Crips, Keefe D é o tio do suposto assassino de Tupac, Orlando Anderson, e admitiu em mais de uma ocasião ter desempenhado um papel no assassinato do rapper em 1996.

Uma fonte da polícia de Las Vegas disse que as balas passarão por testes forenses “para determinar se têm alguma ligação com as balas encontradas no corpo de 2Pac ou na cena do homicídio”. Detetives de homicídios mantêm evidências forenses da cena da morte e do corpo do rapper, incluindo balas e roupas, em armazenamento seguro desde 1996. Eles também têm análises laboratoriais em grande escala de cartuchos, balas e pólvora da cena do crime.