Defesa de Lizzo alega que funcionários sabiam o risco que era trabalhar com a cantora e tinham ‘consentimento’ sobre suas ações.
A rapper Lizzo tem enfrentado uma série de denúncias e processos por parte de ex-funcionários. Diversos dançarinos que participaram de sua turnê acusaram a cantora de praticar assédio sexual, pressão psicológica, falta de pagamento, ambiente de trabalho sexualmente carregado e inseguro. Ao todo, sete pessoas já entraram na Justiça contra a artista nos últimos meses.
Na última quarta-feira (27), advogados de Lizzo apresentaram uma petição solicitando que um dos casos contra ela seja arquivado – na ocasião seria o processo aberto por três de suas ex-dançarinas, que acusam ela criar um ambiente de trabalho hostil e de assédio sexual.
A nova petição de Lizzo é um pedido ao juiz para que o caso contra ela seja arquivado integralmente e que as dançarinas sejam responsabilizadas pelas despesas legais e custos judiciais. Para reforçar o argumento de que isso deveria acontecer, a petição lista trinta “defesas afirmativas” – uma lista de razões pelas quais a demanda das dançarinas por danos não deve ser aceita.
A lista de argumentos da defesa é ampla. Os advogados afirmam que as dançarinas deram “consentimento” ao suposto mau comportamento de Lizzo. “As autoras ratificaram, aquiesceram, toleraram e/ou aprovaram os atos ou omissões dos réus, em parte ou no todo, sobre os quais agora reclamam”, diz uma delas. Em outro momento, a defesa alega que as dançarinas “tinham pleno conhecimento do risco envolvido” que era trabalhar com ela.
Outra parte da defesa diz que o que Lizzo fez tinha “causa justificável” ou foi feito por “razões legítimas”. Além disso, eles afirmam que as dançarinas precisavam recorrer à mediação ou à Junta de Recursos de Compensação ao Trabalhador em vez de entrar com uma ação. Em outro momento, a defesa alega que as condições de que as dançarinas reclamaram “foram causadas por atos e condutas de outras pessoas ou entidades além de Lizzo“.
Os advogados dizem até que os réus não podem processar porque as ações de Lizzo “decorrem do exercício de seus direitos de liberdade de expressão e/ou religião”. “A resposta de Lizzo consiste apenas em objeções padronizadas que não têm nada a ver com o caso”, disse o advogado dos autores, Neama Rahmani, em um comunicado fornecido ao HipHopDX.
