Keefe D inicialmente estava agendado para ser formalmente acusado em 4 de outubro.
O ex-membro de gangue Duane Davis, conhecido como Keefe D, é acusado pelo assassinato do rapper Tupac Shakur, que aconteceu em 1996. Ele compareceu ao tribunal nesta quinta-feira (19), algemado e vestindo um macacão azul, onde estava agendado para ser formalmente acusado de homicídio com uso de arma mortal e de ter vínculos com uma gangue.
No entanto, o advogado que o representava no tribunal do condado de Clark, em Nevada, anunciou que talvez não pudesse continuar atuando como seu advogado e solicitou um adiamento de duas semanas para resolver a questão de sua representação legal. Esta é a segunda vez que a audiência de Keefe D é adiada pelo tribunal.
Keefe D, inicialmente estava agendado para ser formalmente acusado em 4 de outubro, mas não tinha um advogado acompanhando-o, o que forçou o adiamento da audiência. Ele foi detido pela polícia de Las Vegas na manhã de 29 de setembro de 2023, 27 anos após o crime.
O procurador-chefe do distrito, Marc DiGiacomo, disse que um grande júri foi convocado no caso há “vários meses” e descreveu Keefe D como o “comandante no local” que “ordenou a morte” de Tupac. O acusado teve a fiança negada pelo juiz do condado de Clark, Jerry Wiese. Não está claro se Duane Davis, que foi preso enquanto caminhava perto de sua casa na cidade vizinha de Henderson, tem um advogado.
Keefe D, tio de um suspeito inicial na morte de Tupac, Orlando “Baby Lane” Anderson, afirmou em entrevistas anteriores, bem como em sua autobiografia de 2019, “Compton Street Legend”, que estava no Cadillac que se aproximou do BMW em que o icônico rapper estava quando os tiros começaram em 7 de setembro de 1996.
Em várias entrevistas, Keefe D implicou seu sobrinho, que havia se envolvido em um confronto anterior com o rapper em um cassino, dizendo que Anderson estava em um dos dois bancos traseiros de onde os tiros foram disparados. No entanto, no final, é Duane Davis quem está sendo responsabilizado.
O tenente Jason Johansson, um oficial de homicídios da polícia de Las Vegas, caracterizou Keefe D, um dos últimos sobreviventes a testemunhar o tiroteio, como o “líder e ordenador dos disparos”. Johansson disse que após a entrevista de Davis em 2018, os investigadores “sabiam que essa era provavelmente nossa última chance de resolver com sucesso este caso e apresentar uma acusação criminal”.