Tragédia envolvendo show de Travis Scott, em 2021, ainda pode render bilhões em multas.
O rapper Travis Scott e os organizadores por trás do Festival Astroworld não enfrentarão acusações criminais relacionadas à morte de 10 pessoas que foram sufocadas, durante sua apresentação no evento, em outubro de 2021.
De acordo com ABC13, NBC News e Houston Chronicle, um grande júri do Texas foi convocado na quinta-feira (29) para decidir se Scott e outros que ajudaram a planejar o evento deveriam ser acusados. Mas nenhuma acusação criminal será feita, de acordo com os meios de comunicação.
No entanto, Travis Scott e os promotores das empresas Live Nation e ScoreMore ainda enfrentam bilhões de dólares em danos potenciais em centenas de ações civis alegando homicídio culposo, lesões corporais e negligência.
O artista negou as alegações sobre sua responsabilidade sobre a tragédia e fez um pedido para que os processos fossem arquivados, assim como os promotores do festival, Live Nation, e sua subsidiária Scoremore também fizeram um movimento para rejeitar os processos. “Nada que Travis fez ou deixou de fazer se encaixa no código criminal do Texas”, disse o advogado de Scott, Kent Schaffer, à Reuters hoje.
A investigação decorre de uma onda mortal de fãs no Astroworld em Houston, onde milhares ficaram feridos quando a multidão superlotada avançou enquanto Scott subia ao palco. Dez pessoas morreram por asfixia compressiva, incluindo um menino de 10 anos.
Cerca de 50 mil pessoas compareceram ao show, o que resultou numa superlotação durante a apresentação de Scott no festival. Em uma entrevista coletiva após o show, o chefe dos bombeiros de Houston, Samuel Peña, disse que a multidão começou a avançar às 21h em direção palco, pois havia pânico envolvendo pessoas correndo em busca de segurança. Nesse ponto, Scott pausou seu show várias vezes para pedir segurança para ajudar os fãs, e membros do corpo de bombeiros foram enviados para a multidão para resgatar os feridos.